domingo, 11 de maio de 2008

DIA DAS MÃES.


Poema para Mãe (2008)
Eu vos mando a minha
Que se de verdade fosse minha
Nesta rinha que é a vida
Ela rainha
Não iria embora nunca
Enquanto eu servo não sei se sirvo para filho
Observo daqui da minha ilha existencial
Onde entre invernos e verões
Tempestades nem sempre tropicais
Passam
Arrastam
Viram algumas tsunamis
Crises sem nomes
Pois só para ela não tenho vergonha de falar
Mas quase sempre as rugas do rosto
Me fazem calar
Corar de vergonha
Pela falta de coragem para lutar...
Ela ficava aqui para sempre
Pois elasMãesNão deveriam partir...
Deveriam ser perenes
Eternas
E assim quem sabe a caverna
Onde mora uma espécie de dragão
Sem fogoMas que chamusca meu rogo a Deus
Que tenta habitar meu coração
Deus ou dragão?
A caverna pudesse estar iluminadaTodos os dias...
Quem sabe assim eu terminasse este trecho de poema ou poesia
Para falar sem nada dizer de minha fada
Mãe
Rainha
Quando te toco
Encolho
Querendo ser de novo bebe no teu colo
Pura fantasia na vida de ironia
E assim neste diaNem sei o que dizer para ela...
Cada dia mais bela
Luz de vela
Que ilumina minha escuridão...
Por isto abraça a tua e se não podes
Manda um beijoUm recado
De filho carinhosamente criado
E se a sua já foi como um dia irá a minha
Mãe
Fada
Rainha
Não deixe a lágrima parada
Deixa rolar
Solta a água da tua represa e vá chorar
Ela
Água para o terreno árido (do teu coração ferido pela perda)
Mãe
Misturada com o pó das estrelas deste universo
Tão longe e tão perto
Ela sentirá
E por ti como as que estão por aqui
Irá zelar...

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