quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Mais um feriado de carnaval.

Nestes dias de carnaval, trancado na caverna Dáblio Eme, num longo feriado, a rotina foi a mesma de tantos outros carnavais: trabalhar e estudar.
Mas das tantas cirurgias marcadas, fizemos apenas duas, pois as pessoas, o que é normal, preferiram descansar no feriado.
Acho que nesta hora é preciso lembrar da corrente filosófica que prega atualmente o ócio produtivo, que diz que precisamos descansar, pois em algumas situações somos mais criativos deitados, do que sentados, ou sentados do que em pé, e em um português claro, a conclusão é que de vez em quando precisamos descansar.



Foi isto que tentei fazer: descansar um pouco. Dormir meia hora mais cedo e levantar meia hora mais tarde e no tempo que restou, muita internet, não para divertir, pois é preciso colocar a página de novo no ar (até agora o Web Designer ainda não conseguiu colocá-la de novo no ar) e a maioria dos textos quem escreve sou eu. E como tem coisa para aprender nesta internet. Ao fazer e fuçar, todo dia você aprende uma coisa nova e aí você pode dizer para esta geração atual e a que virá que as coisas ficaram bem menos complicadas do que era há trinta anos atrás. SINCERAMENTE SÓ NÃO ESTUDA E NÃO RENDE QUEM NÃO TEM ACESSO A ESTAS TECNOLOGIAS! Por isto neste nosso Projeto Comunitário Dáblio Eme, lutamos por todas as formas de inclusão, inclusive a inclusão digital. Apenas 14% dos domicílios brasileiros tem acesso a computador com internet (e vamos ser sinceros: qual é a graça atual de um computador sem internet? Na minha época, e já não faz tanto tempo assim, ter um computador, já era demais.). Sinceramente a exclusão digital, como todas outras exclusões é uma vergonha!
Vou escrever e postar muito neste negócio chamado BLOG (apesar de achar estranho certas coisas, como por exemplo o texto não poder ter exclamações e assim quando não tiver jeito, vou ter que escrever que usaria uma exclamação, como agora, que concluo com um ponto final, que convenhamos passa uma emoção completamente diferente da exclamação... Mas fazer o que?) e postar bastante. O lamentável é que esta geração, que tem muita facilidade atualmente, não gosta de ler (agora eu utilizaria a exclamação de novo). Aos poucos, como nesta segunda postagem, adicionar novos itens interessantes, como o pequeno filme acima e falar depois inclusive de cisos, como o da foto abaixo, que estavam presos dentro do osso e acreditem ou não só o conhecimento e a habilidade para fazer uma cirurgia não é suficiente: é preciso uma visão holística, ou seja, encarar o ser humano como um todo, peça de uma engrenagem invisível, sobre a qual muitas vezes não temos controle.


Quando escrevo para postar no Blog, tenho o que em inglês se chama: "brainstorn", que traduzindo significa tempestade de idéias e como não posso falar de tudo o que penso ao mesmo tempo, vou fazendo uma filtragem pessoal e anotando os tópicos para a próxima vez: assim assuntos tais como fotografias antigas (uma paixão, inclusive aquelas em preto e branco), bem como coisas antigas (uma outra paixão: máquinas de escrever, de fotografar, gravadores cassetes, radiolas, enfim estas coisas que o mundo moderno já colocou no museu, mas que ainda funcionam muito bem) vão ficando para uma outra vez.
A vez agora é de aprender a lidar com este BLOG e no meio de tudo isto ter que trabalhar e estudar. Trabalhar não é novidade, mas acho que estava além do limite, pois confesso, nestes dias o sentimento de culpa que quase sempre assola quando estou tentando descansar (com o tanto de serviço que tem aqui) ficou um tanto quanto diminúido... Ainda bem. O maior problema agora é uma das monografias (assunto para outro dia), que está me tirando literalmente o sono para ser concluída.


Neste exato momento (e já são mais de dez horas da noite de uma quarta feira de cinzas) estamos aqui (eu e o Marcello) montando a TV & RÁDIO DÁBLIO EME, no pequeno estúdio (mas como diriam no coração da gente ele é enorme, pois foi conquistado com muito suor) e dentro de pouco tempo ela vai para o ar (e como tudo que acontece no mundo, primeiro ela irá para internet e quem sabe depois...).
O carnaval já acabou e agora vieram as lembranças de quando estava com o Wesley, que na época era meu sócio no que nós chamávamos na época de QND (locadora e restaurante), lá no Rio de Janeiro, desfilando no sambodrómo (mais uma obra de Oscar Niemeyer), por duas escolas. Entre um desfile e outro, ainda no calor da emoção, vestido de guerreiro, sem nem um centavo no bolso e nenhum documento, fiquei aguardando ansioso o retorno do Wesley (tinha o Divino e sua namorada, outro aluno que tinha ido passear e eu e o Wesley na realidade tinhamos ido porque estavamos no limite com a QND que não estava dando certo), que ainda ia desfilar por outra escola. Gente uma época muito louca (agora valia outra exclamação e para não ficar muito longa esta postagem vai ficar um monte de assuntos para outro dia). Wesley foi meu aluno na Faculdade e hoje é um Cirurgião Dentista e presidente da ABO (as coisas mudam todos os dias e tem gente que não tem sensibilidade para perceber estas pequenas nuances e são de pequenas em pequenas mudanças que quando vemos envelhecemos).
Para encerar este "post" vai alguns versos da música que marcou aquela viagem e aquele carnaval: "Hoje eu vou tomar um porre, não me socorre que eu tou a fim..."
Em tempo: No Rio de Janeiro, capital mundial do carnaval, primeiro lugar foi para Beija Flor e em São Paulo, a Vai Vai...
E a gente Vai levando a vida, Vai, tentando ser como um Beija Flor.

Até a próxima.